segunda-feira, 7 de março de 2011

Beatles Reunion


Meu grande amigo Português postou esse vídeo dos remanescentes dos Beatles de 1994.
É um encontro de amigos. Não tinha, claro, o John. Os 3 demonstram um carinho entre eles. Paul domina, claro, faz parte do DNA dele. Mas com respeito e amizade. É flagrante esse respeito, bem como também o é a amizade entre eles.
Penso como seria se o John estivesse vivo. Sei que houve alguns encontros entre ele e o Paul, o Ringo tocou em algum (ns) discos solos do John, o George também. O Paul, claro, não tocou em disco nenhum do John. Acho que por pura implicância da Yoko.
Voltando, acho que não sairia um encontro desses com o John vivo. Existia uma grande tensão entre ele e Paul. Inveja, ciúme, sei lá. O clima dos Beatles ficou muito ruim com a presença da japonesa. E com ela o John foi se distanciando. É só ver que a partir do Sargent Pepper´s a influência do John foi diminuindo. Tanto que os 2 discos de 1970, Let It Be e Abbey Road, só saíram por insistência do Paul. Sem ele os Beatles já tinham acabado antes.
Outro dia passou no Multishow HD 2 filmes sobre o John Lennon nos EUA, depois de 1970. Nitidamente ele estava perdido na vida. A Yoko desestabilizou completamente uma personalidade já um tanto instável. O filme recente The Nowhere Boy mostra como o John era difícil, e como ele era desestruturado. O Paul foi uma espécie de apoio fraternal na sua vida. Enquanto o Paul assim funcionou, o John tinha esse "corrimão" para se segurar. Com o casamento com a Linda, Paul deixou de ser a muleta, ou bengala, do John, que achou a Yoko para substituir. Num dos filmes do Multishow é mostrado o período em que o John se separou da Yoko, indo morar na costa Oeste. Perdido, bêbado, drogado, fez um disco ruim, não lembro o nome, ficou inexpressivo. Aí voltou para Nova York, voltou com a Yoko e ficou quase 5 anos dentro de casa, cuidando do Sean, recluso. Fez o Double Fantasy, em 1980, um disco de razoável para fraco, e aí foi assassinado. Logo depois que resolveu voltar para o showbizz.
De novo voltando, o John, com o apoio da Yoko, ou com sua ordem, não permitiria uma volta dos Beatles, nem que fosse para um encontro entre amigos.
Uma pena. Talvez o mundo fosse melhor se houvesse essa reunião.
Mas ver o filme do cinema e os 2 do Multishow me causaram um desconforto em ver como um cara genial, que criou a maior banda de música de todos os tempos, que mudou o mundo (se foi culpa deles, não sei, mas eles foram os protagonistas...), como pode um cara desses ser uma pessoa tão desestruturada e tão instável.
Pensamentos de uma segunda-feira de Carnaval...


domingo, 6 de março de 2011

O PIBãozinho


Nossa mal letrada presidente andou cantando vantagens sobre o PIB do Brasil de 2010, de 7,5%. É, parece bom, mas não dá pra esquecer que o PIB de 2009 foi negativo. Assim, em 2 anos, a média foi de mais ou menos 3,5%. Fraco, comparando com os países em desevolvimento, como China, Índia, Rússia e até a... Argentina.
E aquela besta do Lulla ganhou 200 mil reais para uma palestra em que ele só elogiou a ele mesmo. Pra sorte dele, a plateia era paga pela LG. Mas vai ter um dia que alguém vai dar a primeira vaia, que vai ser acompanhada por outras, e outras. Até ele sair de cena.
O Clovis Rossi fez um comentário muito bom na Folha de hoje. Vale a pena ler.
Nunca antes? Nada disso 

GENEBRA - Reinaldo Gonçalves é professor titular de economia internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos raros acadêmicos de esquerda que não se deixou cooptar por uma boquinha no governo ou até por menos, como um convite para jantar com os poderosos de turno.
Fez o que deve ser o papel do intelectual: mergulhou nos dados do IBGE e do Fundo Monetário Internacional para desafiar a propaganda governamental sobre as incríveis façanhas do governo Lula.
Montou tabelas que mostram o seguinte, em resumo apertado:
1 - Os 4% de crescimento médio do governo Lula colocam-no apenas em 19º no campeonato nacional de progresso econômico, entre os 29 presidentes desde a proclamação da República.
Perde, por exemplo, para Itamar Franco e José Sarney.
2 - Quando começou o governo Lula, o Brasil representava 2,9% do PIB mundial. Quando terminou o governo Lula, o Brasil representava 2,9% do PIB mundial. Portanto, estagnou na competição global. E ficou longe dos 3,91% de 1980.
3 - Em matéria de variação comparativa do PIB, no período 2003/ 2010, o Brasil fica em humilhante 96º lugar, entre 181 países. Está no meio da tabela e abaixo até da média mundial de crescimento, que foi, no período, de 4,4%.
4 - Em matéria de renda per capita, a do Brasil evoluiu de US$ 7.547 para US$ 10.894, entre 2003 e 2010. Mas a sua posição no ranking mundial só piorou. Estávamos em 66º lugar e caímos para 71º.
Só para cutucar o cotovelo dos "argentinofóbicos", a renda per capital da Argentina é cerca de 50% maior que a do Brasil, com seus US$15.064. E ela melhorou, do 61º lugar para o 51º.
Não quer dizer com toda a numeralha que o governo Lula foi um desastre. Ao contrário. Mas tampouco foi o milagre que a sua propaganda apregoa. Simples assim.