sábado, 21 de agosto de 2010

A invenção da mentira

Falando na campanha presidencial, ontem assisti um filme com o título deste post. É com um ator inglês gordinho, engraçado. No mundo do filme, nos dias atuais, mas num lugar que não se identifica, ninguém fala mentira. Aliás, nem existe essa palavra. Todos só falam a verdade. Aí o protagonista perdeu a pretendente, perdeu o emprego e foi despejado de seu apartamento. Foi ao banco buscar o que lhe restava de dinheiro e ao ser perguntado quanto tinha na conta, ele mentiu. Pela primeira vez na história, alguém mentiu. Aí todo mundo acreditou na mentira, já que não existe algo que não seja verdade. E ele virou um mentiroso, se dando bem na vida. E o filme segue nessa linha.
Quem o ator me lembrou? Adivinhem... Ele mesmo, o Lulla! Este é um mentiroso contumaz. É um mentiroso imbatível. E ninguém o desmente, porque acham que ele está falando a verdade.
"Nuncaantesnessepaiz". Aí começa a mentira. E ele fala a mentirada toda e ninguém o desmente. Sei que ele não acredita no que está falando. Mas como ninguém o desmente, ele continua falando.
Ele mente ao dizer que escolheu a Dilma na primeira reunião que teve com ela. Ele mente quando diz que ela foi feita para o Ministério da Casa Civil, porque ela não era para estar lá, o cargo era do semi-deus José Dirceu.
Ele mente quando diz que pegou um país quebrado.
Ele mente quando diz que quer o país melhor.
Ele mente em tudo.
E nós ficamos calados.
A mentira vira verdade.

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