
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Abbey Road
Hoje na minha caminhada dominical matinal, não ouvi música, mas sim o CBN Esportes, que só estava falando da despedida do Ronaldo e quanto ele foi, ou é, importante para o futebol. Dá pra passar o tempo, apesar das bobagens que esses comentaristas falam.
Chegando em casa fiz um churrasquinho rápido, aproveitando o calor e a piscina. Aí estava ouvindo meu mp3 do celular no som da churrasqueira, tocando Beatles. Abbey Road.
Deve ser o melhor disco dos Beatles, do Paul McCartney e talvez do mundo pós-rock. Porque eu acho que os Beatles são pós-rock, eles criaram um outro tipo de música. É até difícil comparar os Beatles com os Rolling Stones, pois estes tocavam rock´roll, e os Beatles tocavam... Beatles songs.
O disco começa com Come Together. Dispensa apresentações, clássico Lennoniano de todos os tempos. Deve ter sido influenciado pela Let It Bleed, dos Stones, que fala em cumming alone (You can come all over me)... Grande música. Depois vem o clássico dos Beatles, Something, tem mais cara de Beatles que de George Harrisson. Já ouvi que é a música mais regravada da história. Merece. Em seguida, Paul e a Maxwell´s Silver Hammer, dentro da linha western do Paul nos Beatles, sequência do Rocky Racoon. Grande música. Outro Paul na sequência, Oh Darling. Grande rockinho anos 50, com ritmo de balada. O Le Nabô tocou, nos seus derradeiros momentos. Música excepcional. Depois vem Octopus´Garden, com o Ringo cantando. Dá até um nó na garganta ouvir, porque a música é bonitinha, tem o simpático do Ringo cantando, e é legal. I Want You, puro John, grande música, grandes variações, talvez com o dedo do Paul. Me lembra do filme Across
The Universe, que tem um grande clipe dessa música, do cara indo pro Vietnam, com o Uncle Sam chamando o cara: "I Want You"! Grande sequência. Here Comes the Sun, George baladeiro, com um excelente riff e verso: It´s allright! Gosto muito dela. Because, uma música mais forte, lentona, com um cravo como instrumento principal. Vocal típico dos Beatles, com várias vozes. Grande música. Depois Paul e seu pianinho, lindo, triste, mostrando um caminho final dos Fab Four. Dá outro nó na garganta: You Never Give Me Yor Money. O Paul era demais! Sun King é chata, lenta, dá pra pular, mas tem uma frase num spanglish-portuguese-italian esquisito. Acho que é coisa do John. Parece que vai começar Don´t Let Me Down, aí vira o Here Comes the Sun, e vai indo até apertar o next. Vai para Mean Mr Mustard, meio esquisita, mas com batida cara de Beatles White Album. Boa. Liga direto para Polythene Pam, com uma guitarra antiga, John no vocal, que pula rapidinho para She Came In Through The Back Window, Paul cantando, boa música, preparando a próxima, Golden Slumbers, linda, Paul num clima romântico, And I Will Sing a Lullaby. É aquela música do malabarista das bolinhas do Youtube. A música vai e vem, é grande música, melódica à la Paul. Ele estava inspirado. Liga direto com Carry That Weight, o refrão da música anterior. Metais, apoteótica. Em seguida, The End, curtinha, linda, forte, com o grande verso: And in the end, the love you take is equal to the love you make. E volta a melodia. Paul lírico, sarcástico, já brigando com a cobra japonesa. The end. Podia acabar assim, mas Paul volta com Her Majesty, uns 30 segundos, só pra fechar e não ter como última música o título The End.
Não sei se considero o melhor disco dos Beatles, porque é a última, tem o clima de tensão do Paul com a bruxa japonesa, mas é um dos 5 discos de todos os tempos. Não só de rock.
E viva os Beatles.
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bom, de fato é difícil falar de um disco que é clássico. Mesmo com Come together meio que roubada do Chuck Berry, Something que mereceu covers de Elvis e Sinatra, Oh, Darlin' que é quase tão boa como Maybe I'm Amazed , I want you quase uma canção do Velvet , Here comes the sun queé um hino e o meddley tão bem defendido pelo Jahara... A impressão que tenho é que foi um disco adulto e era isso que o mundo precisava. Por isso que tem o and in the end...abs
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